quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Por deTrás das Câmeras























Olá!

Olha a gente aí, no museu da República, no Catete, gravando uma reportagem sobre a exposição: Insetos na Cultura Brasileira. Quem puder, vale a pena conferir! Entrada gratuita.

Foto: Eliane Pontes

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Entrevista para o Site da Direh



A apresentadora do programa Vídeo Saúde, Neide Diniz, está há 5 anos trabalhando na distribuidora de vídeos do Icict. Nesta entrevista ela fala sobre sua carreira, sobre o programa e a relação com o público.


Há quanto tempo você está na Fiocruz?
Trabalho aqui há 5 anos.

Qual a sua formação?
Sou formada em Jornalismo

Você sempre atuou no mesmo setor/unidade?
Desde que entrei trabalho na VideoSaúde Distribuidora, no Icict. No começo, eu fazia apenas a parte de projetos especiais, mas depois passei a apresentar o programa VideoSaúde, que vai ao ar no ar toda quarta-feira, às 21h30, na UTV (Canal 11 da NET - Rio). Recentemente, também tenho atuado como mestre de cerimônias nos eventos da Fiocruz e de outras instituições.

Que atividades você desenvolve atualmente?
Atualmente, apresento o VideoSaúde, que é um programa onde exibimos vídeos do nosso acervo e também fazemos entrevistas com especialistas sobre os assuntos tratados em cada exibição. Nós fazemos uma reunião de pauta, decidimos o que vamos abordar e avaliamos o material, pois o vídeo precisa caber no tempo de produção do programa. Por fim, o roteirista escreve o texto para que eu decore e então nós gravamos. As entrevistas com especialistas apenas acontecem quando o vídeo escolhido não ocupa toda a duração do programa. Sempre damos preferência aos pesquisadores da Fiocruz, mas também convidamos pessoas de fora da instituição.

Também tenho feito coberturas de eventos, como lançamentos de livros, visitas de personalidades, inaugurações, entre outras atividades importantes que acontecem na Fundação. Nós fazemos uma matéria jornalística sobre o acontecimento e disponibilizamos na rede Fiocruz. No entanto, a espinha dorsal do nosso trabalho é dar visibilidade aos títulos que temos no nosso acervo.

Quais os maiores desafios neste seu trabalho?
O desafio é passar a informação com a maior clareza possível, tornando aquele conhecimento acessível ao maior número de pessoas. Agora, mais do que um desafio, o meu sonho é levar essas informações para um número ainda maior de pessoas, para um canal de TV aberta, para a internet, divulgando esta grande produção de conhecimento que temos na Fiocruz para cada vez mais pessoas.
Como é o dia-a-dia da equipe do programa?
Os bastidores são muito engraçados. É uma equipe muito entrosada, fazemos um trabalho sério, de qualidade, mas sem perder o bom humor. As vezes viajamos juntos e acabamos passando mais tempo com a equipe do programa que com a nossa própria família, então é muito importante ter esse ambiente harmonioso, o espírito de união e de solidariedade. O sucesso do nosso trabalho tem muito a ver com esta equipe muito unida e guerreira.

Na sua opinião, qual a importância da divulgação destes assuntos que são tratados no programa?
A saúde é muito mais do que estamos acostumados a pensar. É uma amplitude social, que envolve vários fatores, como conseguir viver bem, nos mais diferentes aspectos que se possa imaginar. O nosso programa fala de tudo! Aborda vários temas, assuntos que são importantes para jovens, adultos, idosos, gestantes... Nosso programa está restrito aos canais por assinatura, mesmo assim conseguimos dar visibilidade ao trabalho, que é ampliada pelas nossas mostras itinerantes que viajam por todo o país.

Outro ponto que contribui para a divulgação do nosso trabalho é o blog que criei para divulgar o programa, que é uma iniciativa pessoal. Infelizmente, por questões de direitos autorais, nós ainda não conseguimos disponibilizar os programas na internet, mas ainda vamos conseguir dar este passo.

Você tem alguma história interessante vivida nestes anos de trabalho na Fiocruz que gostaria de contar?
Uma vez nós fizemos um projeto falando sobre parto humanizado, e um telespectador de Minas Gerais mandou cartas para mim, parabenizando-me pelo trabalho. A esposa dele estava grávida e ele se interessou muito pelo assunto. Nós continuamos nos correspondendo e ele elogiou muito o nosso trabalho. Foi muito marcante, eu não esperava esse tipo de retorno. Agora, através dos comentários no blog, tenho mais contato com os telespectadores, e isso é muito legal.

Como é essa relação com os espectadores?
Para mim é muito gratificante, quando recebemos retorno de pessoas dizendo que as informações que passamos foram úteis. Certa vez, exibimos um programa falando sobre queimaduras, dando informações sobre o que fazer, como tratar e os primeiros cuidados, e recebemos retorno de telespectadores falando que aprenderam muito, que foi um conhecimento muito útil, isso é recompensador. Também percebi de um tempo pra cá, que a partir de outras formas de acesso ao sinal de Tv à cabo, pessoas que nem sabiam que o programa existia passaram a assistir e comentar, que é o mais importante.
E tem um detalhe, acho que a minha figura acaba chamando um pouco mais atenção porque há pouquíssimos apresentadores negros na televisão. Infelizmente, a televisão brasileira não reflete toda a diversidade do país, mostra-se apenas uma só beleza, um só padrão, uma imagem muito diferente do caldeirão de culturas e etnias que é o Brasil. Mas, voltando à questão do relacionamento com a audiência, acho que isso vai melhorar muito quando conseguirmos atingir, através da internet, um nível maior de interatividade, assim vamos poder atender melhor às demandas e necessidades do nosso público.


Entrevista publicada em 11.02.2010 - Foto: Arquivo Pessoal